
Dia-a-dia a perplexidade foi se dissipando e, DEUS, como era confortável minha casa de doces. Mesmo ainda muito grudenta, o tempo fazia ela mais e mais confortável e confiável. Nunca mais voltaria de onde vim. Essa seria a única decisão definitiva a ser tomada.
A carta sobre as mudanças que rebelava, voou até o antigo vilarejo contando que chutaria emprego, pós-graduação, família, conceitos e o que mais houvesse na frente, só para continuar investigando e reformando a minha casinha de doces. Seria uma nova vida e eu outra pessoa. Foi aí que sábios engenheiros me aconselharam e reconstruiram cada cubinho de açúcar e maria-mole.
Daí em diante era se apaixonar ainda mais por quindins, pudins e doces de coco. Tantos beijinhos para experimentar. E essa sensação de experimentação se tornou perpétua e me levou a novas fábricas de chocolate. Visitas que serviam para notar a qualidade dos alicerces de goma que em minha casinha os engenheiros haviam construído e que tais alicerces me dariam a possibilidade de não só ter uma “lage”, mas andares e andares edificados. Notar que minha casinha, pelo trabalho que estava sendo realizado pelos mestres-de-obras teria potencial para tornar-se uma mansão, com direito a piscina de chantily e tudo o mais, continua soando doce em meus ouvidos. Ainda hoje agradeço pelo dia em que encontrei a bússola que me fez perdido e encontrado.
postado por>Marcio Canabarro
2 comentários:
"Fui morar numa casinha,nha,nha..."
LINDO!! E DOCE!!
Quero minha fantástica fábrica de chocolate!
E
Tu sabe né, teus merengues são uma delícia!!
Níííí
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