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6 de jun. de 2008

Profissão: bailarina

Tela branca. Droga. Eu sei que quero dizer alguma coisa, o que será?
Tenho a sensação de que os textos que precedem este meu já disseram tudo o que era necessário dizer (Aliás, obrigada Doug, pela clareza. Amo: rrrrráu!). Mas alguma coisa ainda me faz querer escrever.
No melhor estilo "sei lá", ofereço algumas observações, idéias, imagens... cada um chame como bem entender.

Sim, a aula da Tati é o máximo. Assino embaixo de tudo o que o Doug disse, e quero acrescentar ainda mais um pequeno "sim, é isso!". Depois de já ter tido algumas aulas com a Tati na UERGS, pude vê-la dançando pela primeira vez no ano passado, no Conexão Sul, em Curitiba (não, não assisti nada antes, antes eu não tinha nascido, era historiadora...). Ela não deve lembrar disso, mas ao final da noite de apresentações e debates, fui abraçá-la e agradeci. O impacto do estar-em-cena dela foi imenso, mesmo que eu só tenha conseguido assistir pelas frestas das coxias, no meio de um aglomerado de bailarinos...hihihi... Enfim, ao vê-la em cena muitas fichas caíram. Foi lindo ver um corpo livre no espaço, conectado com o momento presente, instaurando no espaço cênico um acontecimento.
Não sei direito de onde vem o termo live art (como boa ex-projeto-de-historiadora, tenho sempre em mente que os termos vêm de algum lugar, carregando um monte de significados agregados), mas gostaria de suspender um pouco os possíveis sentidos que já lhe estejam atribuídos, e usá-lo no meu mundinho. Hoje percebo que ver a Tati dançando foi uma das experiências que me ajudaram a construir a dança como uma live art, uma arte viva, uma arte de estar presente em um determinado espaço em que se instaura um acontecimento. Acho que é isso o que acontece em cada aula dela, no fim das contas. Dentro da complexidade envolvida em cada uma das proposições, o que buscamos é a possibilidade de estarmos presentes naquele espaço, naquele momento específico, com aquelas pessoas, deixando um pouco de lado cobranças e julgamentos. Deixando de lado qualquer coisa que pese, tranque, angustie... ou pelo menos buscando este caminho. Obrigada, Tati, pela coerência.

Ainda no assunto Tati, mas já apontando para outras (ou as mesmas?) questões:
Lembro de, numa aula da Tati (que já deve estar com as duas orelhas quentes...hihihi) na UERGS, ter ouvido ela falar de uma daquelas pequenas conquistas que cada um de nós sabe no seu corpo, e que levam seu tempo para acontecer. Isso me apavorou. Pensar no tempo que eu ia levar pra conquistar qualquer mudança no meu corpo me apavorou. Mas o que mais me apavorou mesmo, foi a completa inviabilidade de um treinamento contínuo pra mim, naquele momento. Na equação tempo+investimento=conquista, o único elemento de que eu dispunha era o tempo, que passava bem rapidinho, enquanto eu me achava cada vez mais velha (sim, velhaaaaaa) pra ainda pensar em dançar. Neste ponto, o Grupo Experimental foi o tijolinho que faltava na minha construção. A mudança que vi acontecer no meu corpo e nos corpos dos outros bailarinos que me acompanham nesta empreitada foi _______ (insira aqui a palavra que melhor servir para designar algo incrível, monstruoso, gigante... enfim, essas palavras são minhas... cada um que encontre a sua...hihihi).
Não encontro exemplo melhor do que o que segue pra ilustrar a mudança que se operou nos corpos/mentes destes experimentais. Nas famosas e indispensáveis conversas de corredor, um questionamento geral e recorrente ( impertinente, até) nos primeiros meses de aula era "será que eu vou ser bailarino mesmo um dia? será que dá? será que eu consigo?". Pois o fato é que eu, o Doug e a Nicole temos conversado há um tempo sobre as mudanças que se operaram, motivados pela proximidade das comemorações de um ano do grupo. Percebemos o seguinte: há um ano atrás, ao preencher qualquer daqueles formulários, cadastros, etc., em que a gente tem que dizer até a cor da calcinha, o campo profissão era bastante problemático. Eu, por exemplo, sempre colocava "profissão: estudante", ou seja, não sou nada ainda, sou um projeto. Comentamos que agora, depois da experiência com o grupo, o campo profissão de qualquer formulário passou a ser bem mais simples. Profissão: bailarina. Sem hesitar. Esse é o tamanho da mudança que o grupo promoveu na minha vida e, acredito, nas dos outros balarinos que têm a oportunidade de fazer parte dele. Não pode faltar: obrigada, Airton, pela coragem, pela primeira e maior aposta, que tornou possíveis todas as outras.
Com toda a certeza, o crescimento que percebemos nas aulas da Tati hoje não seria o mesmo sem os professores que enfrentaram com a gente os diferentes momentos do grupo. Obrigada, queridos professores.

Que venham mais apostas, mais conquistas, mais folias, fellinianas ou não. Um grupo de bailarinos muito afinado se formou. Ao final de um ano, temos o mais importante para que novas conquistas venham: fichas, muitas fichas para apostar.

4 comentários:

Nicole disse...

Lu!!
Em tua homenagem, em comemoração ao aniversário do grupo e por mim, assinei minha profissão no "IOGURT"
em letras garrafais...
BAILARINA!

DOUGG disse...

EU TBM VOU ASSINAR MINHA PROFISSÃO NO ORKUT: BAILARINO!

E TENHO DITO!!

A-HA-ZÔ LURIZA!!
Coisa mais linda do seu tio Dougg. Orgulho: essa é a palavra!

amo!

MaKe disse...

AEEEEEEEEEEEEEEE!!!!
viva viva ao merengue, porque sem ele as tortas de aniversário não serião tão gostosas e grudentas!
aeeeeeeeeeeeeeeeeee

aGORA É SE ACABA NAKELA PIXTA FOR EVER!

Fernanda Bignetti disse...

Nossa....sem palavras! As vezes me dou conta que fiz a melhor escolha!!!
Somos bailrinos queridos experimentais!!!!!